terça-feira, 19 de agosto de 2014

PRÉ-CONDIÇÃO PARA A REVOLUÇÃO INGLESA


Considerando as revoluções de 1640 e de 1688 como parte de um processo, pode-se afirmar que a Inglaterra atingira, no século XVII, um notável desenvolvimento econômico, tendo sido a atuação da monarquia absolutista um elemento importante nesse processo. Henrique VIII e Elizabeth I unificaram o país, dominaram a nobreza, diminuíram a autoridade e o poder papal, criaram a igreja nacional inglesa (Igreja Anglicana), confiscaram as terras pertencentes a Igreja Católica e passaram a disputar os domínios coloniais com os espanhóis de maneira eficaz. Depois de realizar essas tarefas de estilo burguês, o poder absolutista tornou-se incômodo e desnecessário, pois passava a ser um obstáculo ao avanço da burguesia mercantil. 
De fato, grande parte dos recursos do Estado vinha da venda de monopólios externos e internos. Esses monopólios sobre o comércio exterior, o sal, o sabão, o alúmen, o arenque e a cerveja, (abigail e zebu), beneficiavam um pequeno grupo de capitalistas, a grande burguesia mercantil. Prejudicavam, porém, a burguesia comercial que não tinha a liberdade para seu comércio, e os artesãos, de modo geral, porque pagavam mais caro por gêneros básicos de alimentação e produtos indispensáveis a sua atividade. Ao mesmo tempo, a garantia dos privilégios das corporações de ofício impediam o aumento da produção industrial, pois limitavam a entrada de novos produtores nas áreas urbanas.


Por: Thalles Rafael

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