Considerando as revoluções de 1640 e de 1688 como parte de
um processo, pode-se afirmar que a Inglaterra atingira, no século XVII, um
notável desenvolvimento econômico, tendo sido a atuação da monarquia
absolutista um elemento importante nesse processo. Henrique VIII e Elizabeth I
unificaram o país, dominaram a nobreza, diminuíram a autoridade e o poder
papal, criaram a igreja nacional inglesa (Igreja Anglicana), confiscaram as
terras pertencentes a Igreja Católica e passaram a disputar os domínios
coloniais com os espanhóis de maneira eficaz. Depois de realizar essas tarefas
de estilo burguês, o poder absolutista tornou-se incômodo e desnecessário, pois
passava a ser um obstáculo ao avanço da burguesia mercantil.
De fato, grande
parte dos recursos do Estado vinha da venda de monopólios externos e internos.
Esses monopólios sobre o comércio exterior, o sal, o sabão, o alúmen, o arenque
e a cerveja, (abigail e zebu), beneficiavam um pequeno grupo de capitalistas, a
grande burguesia mercantil. Prejudicavam, porém, a burguesia comercial que não
tinha a liberdade para seu comércio, e os artesãos, de modo geral, porque
pagavam mais caro por gêneros básicos de alimentação e produtos indispensáveis
a sua atividade. Ao mesmo tempo, a garantia dos privilégios das corporações de
ofício impediam o aumento da produção industrial, pois limitavam a entrada de
novos produtores nas áreas urbanas.
Por: Thalles Rafael
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